May 31, 2015

Grande polémica, grandes petições, grande alarido



Querem substituir a calçada portuguesa (…) Isto gerou grande polémica, grandes petições, grande alarido... 

Mas calma! Parem para pensar

Se formos à essência da coisa, a calçada é um símbolo da cultura nacional (…) É uma coisa de Portugal - só aqui se calceta! É precisamente por isto que eu acho que este pavimento deve ser reservado a sítios condignos. Aos sítios emblemáticos e históricos da grande Lisboa. Porque nada assim tão valioso deve virar moda, tal como a calçada virou quando decidiram pavimentar a cidade inteira com aquilo.

No entanto, as opiniões são: "Ninguém toca na minha calçada, ponto final"; ‘Não se pensa mais nisso’; ‘Bora fazer uma petição’. Que se lixem os velhos, os tornozelos e as cadeiras de rodas. Que se lixe quem mora em subidas, que se lixe a chuva, os saltos altos e a ineficácia geral de um pavimento que é posto muitas vezes por pseudo-calceteiros. Que se lixe o facto de que isto possa realmente ser melhor para toda a gente. A calçada é um símbolo, ponto final! Exaltam-se os orgulhos baratos, os orgulhos de fim-de-semana. Aqueles orgulhos saudosistas que já tantas vezes impediram o país de andar para a frente por Rúben TiagoUm blog qualquer




Banalizaram a Calçada devido à sua aplicação em todas as ruas, passeios, jardins… enfim, em todos os lugares onde as pessoas querem caminhar em segurança, sem obstáculos ou pisos irregulares como é, por exemplo, o Parque das Pedras, quero dizer, o Parque das Nações 



A calçada portuguesa deve ser valorizada enquanto uma forma de arte, mantida nas Praças Públicas mais relevantes, e não como um simples pavimento pedonal, aplicada em tudo o que é Passeios



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May 26, 2015

Para além da comunicação



Na Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), a maior perda que se sente é a perda da fala, da comunicação. Sente-se a falta da voz. É fundamental conseguir ultrapassar esta situação para que se comunique mais e melhor.




Ivo Vieira está a desenvolver o Eyespeak, uns óculos de realidade aumentada, que irão permitir que os doentes com ELA passem a comunicar com mais facilidade e tenham uma melhor qualidade de vida. Esta tecnologia pode ajudar todos aqueles que estejam privados de comunicação.


Acredito que a tecnologia serve a população o quanto possível e tanto quanto desejamos que ela apoie as nossas vidas (…) Acredito que este novo sistema proporcionará uma melhor qualidade de vida a pessoas com limitações de comunicação, derivadas de doenças ou lesões (…) A doença do meu pai, Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), mostrou-me que a realidade aumentada apresenta uma grande vantagem para este tipo de limitação (…) Descobri que, apesar de pouco comum, existem dezenas de milhares de pessoas no mundo incapacitadas de comunicar devidamente (…) Por isso, quero dar um significado diferente à vida do meu pai e a todas as pessoas com a mesma limitação, refere Ivo Vieira, CEO LusoSpace e Lusovu



... Porque a vida nos prega algumas partidas...



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May 23, 2015

Voar sem Stress


Os passageiros com Mobilidade Reduzida já não encontram grandes dificuldades para entrar e sair de um avião. No entanto, a utilização das casas de banho é um desafio, na maior parte dos casos uma impossibilidade, especialmente, para quem usa uma cadeira de rodas. 

Viajar sabendo que o uso do WC é uma impossibilidade causa stress e em muitos casos inibe as pessoas de viajar.


Nas maiores aeronaves estes espaços têm sido adaptados mas ainda assim subsistem muitas dificuldades. A novidade é um novo design de cabina, para a família do Airbus A320, com um único corredor. Com a nova configuração “Spaceflex” as casas de banho ficam na parte de trás do avião.


Existem duas casas de banho lado a lado que estão separadas por uma divisória que pode ser aberta e recolhida, completamente. Ao abrir ambas as portas, o espaço livre passa a ser o suficiente para dar mais autonomia e privacidade aos passageiros com mobilidade reduzida.

O espaço traseiro pode levar até seis assentos extra e ser usado para facilitar a vida destes passageiros.





Três companhias aéreas, um total de 10 aeronaves, já estão a voar com este novo design e, em breve, mais 500 aeronaves, de 12 companhias aéreas vão começar a operar com esta configuração.



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May 19, 2015

Entre Faro, Quarteira, Loulé, e Olhão

Porque é que ainda tratamos as pessoas com Mobilidade Reduzida, ou com algum tipo de deficiência, de forma diferente?


O Algarve é uma das zonas mais turísticas de Portugal e, no raio entre Faro, Quarteira, Loulé, e Olhão não se encontra um hotel que nos possa garantir que os quartos, casas de banho e acessos sejam adaptados a pessoas com problemas de mobilidade.




Um testemunho de Cláudia Oliveira, assistente de produção de espetáculos:

Trabalho em produção e moro no Algarve. Recentemente, tive necessidade de fazer uma marcação num hotel para uma formação musical em que havia um ou dois casos de mobilidade reduzida e foi impressionante verificar que não existia um único hotel com estruturas suficientes para apoiar pessoas com mobilidade reduzida, quer esta seja em cadeira de rodas ou não. Ora, os elevadores são pequenos ou não existem. Rampas são raras, os quartos não possuem duches adaptados e, caso exista um quarto totalmente adaptado, é o pior do hotel, mais escondido, sem varanda ou o mais pequeno.

Todos os quartos, casas de banho e acessos deveriam ser adaptados, uma vez que toda a gente pode usufruir disso mas, o caso contrário, não funciona da mesma forma.

Não temos de discriminar as pessoas só porque não têm a mesma mobilidade que nós. Como diz este texto, publicado há dois anos atrás, estamos a negligenciar um tipo de turismo, apenas porque pensamos que não é rentável (enquanto que, no resto da Europa, é um mercado de 90 mil milhões de euros!)

O que é isto? É preconceito? É desleixo?

Temos os piores quartos (sem vista ou varanda) para os deficientes, temos poucos ou nenhuns acessos e, quando os há, são os mínimos exigidos por lei. E nem falo só na hotelaria: temos exemplos como os supermercados, serviços públicos, cinemas, teatro... Já tive de ir com uma colega minha, em cadeira de rodas, ao cinema e não ter forma de a transportar, ninguém que carregasse a cadeira (a não ser a ajuda dos nossos amigos)...

É triste saber que, no nosso país, as pessoas com deficiências ou mobilidade reduzida não podem sair de casa sem obstáculos em todo o lado onde vão; que não podem passar férias sem ter problemas com o hotel que escolhem, os restaurantes onde vão, etc.



Será que cada um de nós acredita que este problema não é nosso! (…) será que não podemos fazer nada? (…) será que vamos continuar a contribuir para que se excluam as pessoas com Mobilidade Reduzida! (…) será que queremos impedi-las de ter uma melhor qualidade de vida?

Sempre que detetar uma situação destas peça o Livro de Reclamações… 

Hoje são outros, amanhã seremos nós.


Fonte: Publico P3



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May 15, 2015

Um voto na INCLUSÃO


A Fundação Calouste Gulbenkian está de PARABÉNS. O espaço é agora acessível às Pessoas com Mobilidade Reduzida e as soluções multidisciplinares implementadas respeitam o projeto de arquitetura original, sem esquecer a sua classificação como Monumento Nacional.



Vale a pena acreditar que o ‘Senhorio da Inclusão’ esteve presente na elaboração do projeto ao invés de ter ido, como de costume, tomar chá a casa do ‘Senhorio da Exclusão’.






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May 9, 2015

Mais do que um SINAL


Reconstruir uma imagem com informação tridimensional é já hoje uma possibilidade real. Comummente denominado por HOLOGRAMA, esta representação visual do que existe ou pode vir a existir, esta imagem virtual ativa, pode ser exposta em lugar diferente de onde está o objeto real.







A Dislife, uma organização sem fins lucrativos, criou uma campanha emocional dirigida aos automobilistas Russos que abusam dos lugares reservados a pessoas com Mobilidade Reduzida. Algo que em Portugal é, infelizmente, comum, sem que as autoridades atuem em conformidade.

Veja como o uso da tecnologia pode estar ao serviço do civismo, ao passar uma mensagem que, certamente, não o vai deixar indiferente


Se já alguma vez estacionou ilegalmente nos lugares reservados às pessoas com Mobilidade Reduzida ou se considera vir a fazê-lo, 
então esta mensagem é para si.


Relacionados: 


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May 3, 2015

Educação Inclusiva



A ACESSIBILIDADE pode ser definida como a capacidade do meio de proporcionar a todos uma igual oportunidade de uso, de uma forma direta, imediata, permanente e o mais autónoma possível.



A experiência demonstra que os espaços, edifícios e serviços acessíveis são, por regra, mais funcionais, mais seguros e mais confortáveis para todos os utilizadores. A acessibilidade é, por isso, um fator objetivo de qualidade, e a sua promoção deve ser vista como uma oportunidade de qualificação. A acessibilidade é um Fator Expressivo para Educação Inclusiva

Na escola, o meio físico acessível é fundamental. Pode fazer a diferença entre o sucesso e o insucesso. Os ambientes inacessíveis contribuem para dificultar a inclusão das pessoas com deficiência e são fatores que concorrem para a sua exclusão. O meio pode reforçar a deficiência.


Nos últimos tempos incorporou-se o conceito de Educação Inclusiva, que trouxe para as salas de aula do ensino regular, muitos dos alunos anteriormente educados em escolas especiais, devido a deficiências físicas, sensoriais ou outras. É importante que os professores, o espaço e o mobiliário, estejam adequados para os receber. Só assim os pode tornar mais eficientes, hábeis ou independentes.

Infelizmente esta não é a realidade em Portugal. Na grande maioria dos casos, as escolas, sejam estas públicas ou privadas, não estão preparadas para receber alunos com Mobilidade Reduzida ou com algum tipo de deficiência. As barreiras que os impedem de aceder com autonomia às salas de aula ou a um WC adequado, é recorrente. Não basta a boa vontade dos professores e dos funcionários para minimizar este tipo de situações. É preciso que a infraestrutura da escola seja coerente com os princípios da inclusão, num ambiente atento às diferenças. É preciso que se faça cumprir a Lei e punir quem não a cumpre. É preciso assacar responsabilidades.


é um exemplo que devia ser seguido.
  

Comparativamente à escola que eu frequentei o ano passado, em Lisboa, a E.S. Henriques Nogueira, em Torres Vedras, disponibiliza, para além de infraestruturas requalificadas e modernas, soluções de integração para alunos com Mobilidade Reduzida ou com outro tipo de deficiência adquirida ou permanente, tornando a Escola verdadeiramente acessível a todos, referiu Carolina Moço, aluna do 9º ano.







Incluir quer dizer fazer parte, inserir, introduzir. Inclusão é o ato ou efeito de incluir. Assim, a inclusão social das pessoas com deficiências significa torná-las participantes da vida social, económica e política, assegurando o respeito aos seus direitos no âmbito da Sociedade, do Estado e do Poder Público.


Com a colaboração de Carolina Moço  



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