October 29, 2013

SIGNIFICATIVO AZUL


O Programa SIGNIFICATIVO AZUL visa para a segurança de pessoas com deficiência intelectual ou multideficiência e dos que com elas interagem. O objetivo enquadra os seguintes compromissos:  

  • Sensibilizar e formar os profissionais das organizações da área da deficiência e reabilitação para uma cultura de prevenção de situações de violência e maus tratos contra pessoas com deficiência;
  • Sensibilizar os polícias para a problemática da deficiência e para a necessidade de uma especial proteção das pessoas com deficiência;
  • Promover a cooperação interinstitucional entre a PSP e a área da deficiência e reabilitação;
  • Melhorar o atendimento e encaminhamento das pessoas com deficiência;
  • Especializar a comunicação e informação para a população com deficiência.
 

Um programa orientado para um grupo especialmente vulnerável de cidadãos e que, na senda dos princípios estratégicos do Policiamento de Proximidade, recorre às parcerias institucionais para convergir sinergias de forma a atuar proactivamente.


Parabéns à PSP.

October 27, 2013

Cor para todos com o Feelipa



No mundo existem 285 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência visual. Creio que todos nós temos uma cor preferida.
Ainda que nem todos tenham a possibilidade de ‘ver’ as cores, a necessidade aguça o engenho e há sempre alguém que vai mais além e cria as condições para minimizar as dificuldades dos outros. O Código de Cor Feelipa foi criado com o intuito de permitir uma correta identificação das cores pelas pessoas com deficiência visual. Agora todos têm o direito de tocar a cor, de ver a cor, de sentir a cor.  

Para as pessoas com deficiência visual, a cor adquire importância no momento em que estas estão inseridas numa sociedade toda ela pautada de cor e, uma vez que estas não conseguem fazer a sua apreensão, parcial ou total, podem sentir-se excluídas ou demasiado dependentes de terceiros. 

A autora do código Feelipa, Filipa Nogueira Pires, é uma designer multifacetada, empreendedora e professora, especializada em Design de Produto, Design Inclusivo e Cor. Neste momento, a Filipa trabalha como freelancer em projetos de Design de Produto e Comunicação, e leciona Modelação 3D na Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa (FA-UTL). 

Universal, simples, inclusivo.
Um arco-íris de infinitas possibilidades.
Saiba mais no site do Feelipa ou no Facebook

October 26, 2013

(consigo) da RTP2 fala do Minuto Acessível


Um magazine sobre inclusão. 




O Magazine (consigo) é um programa televisivo semanal, resultante de uma parceria entre a RTP e o Instituto Nacional para a Reabilitação.
É produzido pela Videomedia, um grupo de produção audiovisual criado em Espanha em 1982, também presente em Portugal desde 1993 e em Itália desde 2000.  

Saiba mais...

October 25, 2013

(A)migos incondicionais


A ABAADV, Escola de Cães-Guia para Cegos em Portugal, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, que tem por objetivo promover por todos os meios ao seu alcance, em cooperação com entidades públicas e privadas, o apoio e a integração social, cultural e profissional do deficiente visual e o seu âmbito de ação é nacional. 

Criada em 2000 surgiu como consequência de um Projeto Comunitário e tem como principal resposta social a Educação de Cães-guia para Cegos. Desta forma permite a utilização gratuita destes cães às pessoas portadoras de deficiência visual para quem este companheiro representa uma nova liberdade.


Descubra e ajude.  
Fonte: ABAADV



Para o Minuto Acessível, 
deixe aqui o seu contributo: minuto.acessivel@gmail.com 

October 22, 2013

Um alarme sem ‘som’


“As pessoas com paralisia cerebral existem. Não só crianças. Esquecemo-nos que elas crescem, o que causa grande exaustão e preocupação aos pais, que buscam soluções de início, onde gastam tudo em tratamentos com e sem evidência científica, e mais tarde procuram apoio que não encontram na comunidade” referiu a Diretora do Serviço de Neurologia Pediátrica do Hospital Dona Estefânia, Eulália Calado.
 

Em Portugal existem cerca de 20 mil pessoas com paralisia cerebral e todos os anos surgem 200 novos casos. Os cortes estão a deixar crianças e adultos com paralisia cerebral sem apoios. As crianças não têm os devidos apoios nas escolas ou no domicílio, e os adultos têm os pais a envelhecer sem possibilidades de os tratarem. 

“A paralisia cerebral não é rara, não está em vias de extinção e é altamente democrática, atinge todas as classes sociais. O que não é democrático é que mais de 30 anos de democracia não estão a chegar para lhe dar resposta”, adiantou Eulália Calado.

Se tiver possibilidades de ajudar contacte a Federação das Associações Portuguesas deParalisia Cerebral

Fonte: PÚBLICO

October 20, 2013

Aconteceu mesmo, fui deliberadamente atropelado


No último domingo, dia 13 de outubro, fui vítima de um atropelamento premeditado com fuga, no Centro Comercial Cascais Shopping.

Sou deficiente motor, necessito de uma cadeira de rodas para me deslocar, e depois de me ter apercebido que um carro estava parqueado no centro de dois lugares reservados a pessoas com Mobilidade Reduzida (similar a este), ao explicar à condutora que estava a usar um espaço reservado que não lhe era destinado, fui vítima do atropelamento. Tudo aconteceu quando um outro cidadão não conseguiu parquear o seu carro e tirar a sua cadeira de rodas. O acontecimento foi testemunhado por inúmeras pessoas, incluindo os seguranças do Cascais Shopping, e o auto da ocorrência foi levantado pela Guarda Nacional República, Posto de Alcabideche. Pretendiam tratar o caso como se fosse um acidente mas eu não o permiti. No auto estão identificadas todas as testemunhas, a matrícula do carro e a descrição do acontecimento. Infelizmente este tipo de abusos é banal neste Centro Comercial, sem que os responsáveis pelo mesmo e os agentes de Segurança do local atuem de forma a evitar este problema. Este é um espaço privado mas para usufruto público e essa obrigação de reporte é obrigatória.

No último dia 15 de outubro foi dado início ao respetivo procedimento criminal de acordo com os procedimentos adequados para este tipo de situações. O crime, é um Crime Público.
Também, o Cascais Shopping e o Grupo SONAE SIERRA foram atempadamente e formalmente informados sobre a necessidade de manterem reservadas as imagens do circuito interno de vigilância, por constituíram prova para o processo. 


O caso foi publicamente dado a conhecer este fim-de-semana pelo Semanário EXPRESSO porque considerou relevante o seu interesse público.

Como alguém disse, “O interesse público, assim entendido, é não só a soma de uma maioria de interesses coincidentes, pessoais, diretos, atuais ou eventuais, mas também o resultado de um interesse emergente da existência da vida em comunidade, no qual a maioria dos indivíduos reconhece, também, um interesse próprio e direto”, Hector Jorge Escola. 





Creio que todos agradecemos ao EXPRESSO pelo interesse revelado ao denunciar esta situação. 
Lamento que este caso tenha acontecido.
Vou aguardar com tranquilidade.




Para o Minuto Acessível, 
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October 16, 2013

O Semanário EXPRESSO ouviu o Minuto Acessível


"Quase não se pode passear em Lisboa"   

Textos Hugo Franco, Fotos Alberto Frias   




Fernando Cardoso foi vítima de um acidente de viação que o deixou paraplégico aos 21 anos. Mudou de curso porque em 1983 o Instituto Superior Técnico não tinha acessibilidades para deficientes. "Para ir ao WC tinha de ir a casa, em Caxias, e voltar." Depois de três anos em Engenharia Civil, recomeçou tudo de novo e, 5 anos depois, formou-se em Engenharia de Informática na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, no Monte da Caparica. 
Nas últimas eleições autárquicas não pôde exercer o direito de voto porque as três portas bloqueavam a entrada à cadeira de rodas. Aos 51 anos, sentiu que podia fazer mais e criou um blogue, o Minuto Acessível, que vai levar à Justiça os casos mais gritantes que não cumpram o Decreto-Lei n.º 163/2006, que determina o regime da acessibilidade aos edifícios e estabelecimentos que recebem público, via pública e edifícios habitacionais.
  • Quando criou o Blogue 'Minuto Acessível', em julho, o que tinha em mente? 
- Eu e muitos outros sofremos na pele o problema das acessibilidades. Senti que era esta a hora de fazer serviço público uma vez que trabalho no setor privado há mais de 22 anos. Devo ‘emprestar’ agora a minha experiência. Existem muitas associações que abordam estas temáticas e ainda bem. O enfoque é quase sempre dirigido à sensibilização do problema. Mas o Minuto Acessível tem outros objetivos, até porque a sensibilização é algo que se faz há muito tempo e não funciona. Pretendo dissecar, sectorialmente, o decreto-lei 163/2006 e procurar casos de grande impacto que estejam e se mantenham em incumprimento. Em 2017 vou começar a interpor ações judiciais contra quem continuar a não respeitar a lei. Já é o segundo decreto-lei (o primeiro foi o de 1997) que não é cumprido.

  • Vai expor no blogue os casos mais gritantes? 
- Sim. Vou tentar encontrar exemplos nas áreas do urbanismo, restauração, hotelaria, serviços públicos, etc. e enviar cartas às entidades que sejam alvo do nosso alerta. Será um aviso — e não uma chantagem sobre ninguém — de que o prazo para respeitar a lei termina em fevereiro de 2017. Esta temática é de todos. Qualquer um pode ficar com mobilidade reduzida de um dia para o outro. O envelhecimento da população é também uma realidade e quando mais cedo for tido em conta, melhor.
  • Acha que terá feedback? 
- Serão sempre causas ganhas. A lei é clara e está do nosso lado.  

  • Consegue dar exemplos onde a lei não é cumprida? 
- Sim, só para citar dois que passam quase despercebidos…recentemente foi inaugurado em Lisboa o passeio ribeirinho da Ribeira das Naus. Com uma cadeirade rodas não é possível fazer esse percurso, pois o passeio é todo em pedra. No entanto, foi considerado com um dos melhores exemplos da arquitetura portuguesa no âmbito da revitalização do espaço público. Nem sequer foi feita uma faixa alternativa ao lado, para cadeiras de rodas, bicicletas, carrinhos de bebé, etc… já para não falar em muitos casos de pessoas com mobilidade condicionada, nomeadamente os mais idosos. Outro caso que me causa indignação é o do Parque das Nações. Embora seja uma zona plana, caso tenha a necessidade de se deslocar numa cadeira de rodas, não consegue andar em mais de 90% do Parque. Tudo devido ao piso empedrado. Embora a calçada portuguesa seja tradicional, não faz sentido colocar pedra em todos os espaços públicos. Um exemplo gritante são os passeios em calçada. Quase não se pode passear em Lisboa
  • A lei não é cumprida por negligência, questões económicas ou por má-fé? 
- Não é por uma questão de custos mas de incompetência e falta de visão dos responsáveis pelo planeamento Urbano. 
  • Como é que a falta de acessibilidades o condiciona no dia-a-dia? 
- Não tenho a liberdade de decidir sair sem pensar com antecedência a que sítio irei. Necessito de fazer uma programação exaustiva do que vou fazer. Por exemplo, se quero ir almoçar ou jantar fora, tenho de saber se o restaurante tem um WC adaptado para pessoas com mobilidade reduzida. Há poucos e os mais recentes servem de pouco,  uma vez que estão equipados com ‘equipamentos’ ergonomicamente desadequados. No caso, a maioria dos restaurantes não os tem.   

  • Há exemplos positivos de boas acessibilidades? 
- O passeio marítimo de Gaia é um bom exemplo, ou o Office Center Lagoas Parque, em Oeiras. Em termos do passeio público, algumas áreas urbanas começam a ter passeios sem ser em calçada mas, no essencial, a tradição mantem-se. Pedra, pedra e mais pedra...   

  • Dia 29 de setembro foi impedido de votar por causa da falta de acessibilidades numa escola da Parede. Foi a primeira vez que isto lhe aconteceu? 
- Sim. Os três acessos estavam vedados: com degraus, cadeados e espaçoinsuficiente para passar a cadeira de rodas. Disseram-me para chamar os bombeiros para me ajudar, mas eu entendo que os corpos de Bombeiros só devem ser chamados para situações urgentes e importantes. Deve ser o Ministério da Administração Interna e a CNE a garantir o acesso de todos às assembleias de voto. 

  • Fez queixa à Comissão Nacional de eleições?  
- Sim, e espero vir a ter feedback senão terei de pensar noutro tipo de medidas. 


Deixe aqui o seu contributo: minuto.acessivel@gmail.com

October 5, 2013

Um paradoxo Ergonómico


ERGONOMIA é o conjunto de conhecimentos científicos necessários para a conceção de ferramentas, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficácia.

A Brisa tem vindo a instalar máquinas que permitem aos condutores pagarem as portagens de forma semiautomática, através de um equipamento embutido na cabine de portagem. 

®    Até aqui tudo bem... a Brisa aposta na inovação. 

É denominado por «Via Manual» e é um sistema de pagamento em que o condutor controla a operação, podendo recorrer a todos os métodos habituais de pagamento, como cartão bancário, moedas, notas e Via Verde. 

®    Até aqui tudo bem… um nome peculiar. 

“O ato de pagamento através da Via Manual será igual ao dos parques de estacionamento, onde o condutor controla toda a operação, sempre apoiado por indicadores luminosos”, refere a Brisa. 

Ü  Aqui é que tudo muda… pelo menos para muitos condutores com Mobilidade Reduzida! 

Um condutor que seja, por exemplo, paraplégico, não consegue controlar a dita operação, mesmo com o apoio de todos os indicadores luminosos referidos no comunicado da Brisa. Não pode porque simplesmente não consegue aceder à nova máquina. Se já tentou usar este sistema percebeu que necessita de se levantar do assento para conseguir efetuar o pagamento. Há mesmo quem necessite de sair do carro.  

Eu já contribui para um engarrafamento. Tive sorte. O condutor que estava imediatamente atrás percebeu a minha dificuldade e evitou que a fila continuasse a engordar… Não me vou referir às buzinadelas porque, neste caso, trata-se de um concerto ao vivo que se enquadra no espirito Live Aid.

Porque é que será que uma boa solução não é desenvolvida e implementada para ser de facto uma Boa Solução!? Sei que a Brisa é uma marca reconhecida e de excelência. Algo falhou. Com um pedido de desculpa antecipado a todos os condutores é possível que acontecem outros concertos.

October 3, 2013

Portugal Shutdown


Estes Super-Homens-e-Mulheres precisam de um 'cinto de segurança'.
Muitos sabem que a maioria das pessoas com deficiência não pode viver sem um apoio personalizado. Sem essa assistência, ficam fechados em casa ou são despejados em lares, a viver em condições inadequadas. As palavras não chegam, é preciso AGIR e DEPRESSA. 


Alguns relatos expressos no Blog: http://tetraplegicos.blogspot.pt/

®    A Maria da Luz que depois de um acidente que a deixou tetraplégica é obrigada a viver num lar de idosos e afastada do seu filho, cuja maior dor é não poder acompanhar o seu crescimento e educa-lo como a maioria das mães; 

®    O Nelson Mendes totalmente dependente que é obrigado a passar todas as noites, fins-de-semana e feriados, sozinho num bairro problemático de Lisboa porque só existe apoio domiciliário de dia e durante a semana; 

®    O Cláudio Poiares que vai ser obrigado a abandonar a sua casa e separar-se da sua mulher e filho porque não consegue apoio domiciliário 7 dias por semana e não tem condições monetárias para pagar cuidadores; 

®    O Carlos Pinto que depois da população da sua aldeia se ter unido e lhe adaptado a sua casa na aldeia onde viviam muito feliz na companhia da sua mãe, foi obrigado a ser institucionalizado por motivos de doença da sua mãe, sua cuidadora; 

®    O Manuel Luís que foi obrigado a abandonar o seu lar, na aldeia, porque sua mãe e cuidadora faleceu e além disso ainda é obrigado a comparticipar institucionalização num serviço de cuidados continuados através da sua pequena reforma ficando sem dinheiro para despesas do seu dia-a-dia; 

®    Carol Soares que lhe é recusado pelo Apoio Domiciliário uma simples depilação e maquilhagem por técnicas entenderem que têm muito mais que fazer e que não é algo importante e útil.

Muitas mães e pais que deixam sua carreira e vida em suspenso porque são obrigadas a abdicar de tudo em prol do seu filho. Ou isso, ou deixa-los partir para uma instituição onde passarão a ser somente números...